domingo, 30 de outubro de 2011

Falando em Soleil... vejamos também o Cirque!


  Fui ontem assistir ao espetáculo Varekai, do Cirque du Soleil, e digo uma coisa pra vocês: aquelas criaturas sabem muito bem onde começam e acabam seus braços e pernas. Senti uma pequena tristeza no fundo da minha alma, porque não consigo dar ao menos uma cambalhota reta e só consigo levantar minha perna até a altura do quadril (e olha lá). Mas essa tristeza foi quase nada diante do embasbacamento que senti vendo tudo aquilo acontecer a tão poucos metros de mim.


  Tudo muito impressionante, e uma boa oportunidade de perceber a importância da harmonia entre todos os elementos que compõem um espetáculo. É certo que a performance do grupo é indiscutivelmente sensacional, e o domínio que eles tem do próprio corpo é de deixar qualquer um com vontade de bater palmas. Mas o fato é que o trabalho de Andrew Watson (direção criativa), Stéphane Roy (cenógrafo) e Eiko Ishioka (figurinista) elevam o espetáculo a um nível muito maior, criando um mundo fantástico que envolve o público completamente – claro, além dos profissionais de iluminação, som, projeções, coreografia e tudo mais.


  O cenário é uma coisa de louco, completamente integrado com a história: existe uma floresta de bambús, representada por varas flexíveis onde os atores/ atletas/artistas sobem, vários “buracos” no chão por onde as personagens transitam, entre outras coisas fantásticas que criam inúmeras possibilidades de movimentação pelo palco.


  Quanto ao figurino... impecável. Tirando todo o trabalho de pesquisa e a dificuldade de criar trajes funcionais para toda a liberdade de movimentos necessária, é tudo muito lindo e extremamente criativo. Quem me dera poder falar mais sobre isso, saber nos mínimos detalhes de que material tudo aquilo era feito, como foi construído... quem sabe um anjo (ou o Fausto Viana) consiga uma palestra com a Eiko Ishioka, que, diga-se de passagem é também figurinista da Bjork, fez o filme The Cell (aqueeele, em que Jennifer Lopez anda pela mente doentia de um serial killer com roupas incríveis), e ganhou um Oscar de melhor figurino pelo filme Bram Stoker’s Dracula, do Coppola. Ou seja, a mulher é genial mesmo.


  Outra coisa que dá pra fazer também é assistir a esse vídeo http://www.youtube.com/watch?v=dpNLpggu8ws, que é sobre um outro espetáculo, Ovo (que, inclusive, é brasileiro) e muito interessante. Dá pra entender melhor como funciona o trabalho da equipe e sacar o trabalhão que eles tem pra viajar com toda aquela estrutura pelo mundo inteiro. Por isso, nada de pão-duragem: ASSISTAM!

2 comentários:

  1. Nunca fui a um espetaculo dele, mas estou doida pra ir!! Até eu que não entendo nada de figurino ia me interessar na palestra da Eiko (quando li o nome achei que era homem) só dela ser figurinista da Bjork. Foda.

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  2. Demais! Assisti OVO e amei.

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