domingo, 13 de novembro de 2011

Poesia pra domingo...


Pessoas que não existem habitam casas que não existem - mas fingem existir.

Memórias impressas em objetos que não tem nenhuma. Se lembram da China, talvez. A mancha de café derramado de propósito, o mofo em um teto onde nunca choveu criam elos estranhos entre as partes da casa e seus moradores. Minha novela Frankenstein.

Uma praça, o coreto e paredes ocas
vazias.
Existem?
Cidades de curta duração
efêmeras.
Bonitas.
As vezes novas, nascem como velhas
e duram o tempo de contar uma história.



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